PMI Portugal nas Escolas – um grande passo para o Monte Flor

O ano de 2016 assume-se como um marco importantíssimo na vida do Colégio Monte Flor, não apenas porque representou o início de uma parceria com o Programa PMI Portugal nas Escolas, mas acima de tudo, porque permitiu dar um passo em frente naquilo que sempre foi a sua filosofia e visão da Educação e do papel da Escola na formação dos alunos.

Desde sempre, o Colégio Monte Flor apostou na inovação e na promoção de abordagens pedagógicas centradas nos alunos. Em 2004, aderimos ao Programa Eco-Escolas, que permitia usar a Educação Ambiental como projeto aglutinador de toda a comunidade educativa em que as várias áreas eram trabalhadas de uma forma transdisciplinar.

Em 2007, alargámos o trabalho de projeto a outras instituições, estabelecendo parcerias Etwinning com escolas de outros países, colaborando através de ferramentas digitais. Em 2012, fomos convidados a participar num projeto da European Schoolnet intitulado Creative Classrooms Lab, que para além de promover a utilização de ferramentas e dispositivos tecnológicos, tinha na sua base o trabalho de Projeto. Pelo meio, estivemos envolvidos em inúmeras iniciativas relacionadas com a inovação pedagógica com a Microsoft, Ministério da Educação, EUN e Promethean, conferindo-nos um papel de destaque no panorama Educativo em Portugal e no estrangeiro.

Assim, quando, em 2016, começámos a trabalhar com o PMI Portugal nas Escolas, já havia todo um trabalho de base que permitia a alunos, mas principalmente aos professores, ter ideias bastante concretas acerca do que era o trabalho de projeto e de como o implementar em contexto de aprendizagem. Dinâmicas de trabalho colaborativo, abordagens centradas no aluno, estratégias como a Sala de Aula Invertida ou Aprendizagem Baseada em Projeto não eram propriamente novidade para os docentes do Monte Flor.

No entanto, o que contribuiu realmente para uma transformação efetiva das metodologias de trabalho no Colégio e consequentemente, para a implementação da Gestão de Projeto na Aprendizagem de uma forma bem consolidada foi, para além de uma ação de formação com a gestora de projeto Cristina Barradas, o acompanhamento constante das tutoras Mariza Queiroz e Sílvia Castilho que, durante mais de um ano, orientaram os professores na implementação do Kit Metodológico Projetos do futuro no âmbito da parceria com o PMI Portugal nas Escolas, auxiliando docentes e alunos em cada etapa do projeto. Este acompanhamento permitiu, por um lado, aprendermos à medida que implementávamos os projetos, mas também refletir em conjunto com as tutoras acerca de todas as especificidades do que é um Projeto de Aprendizagem que, para todos os efeitos, obedece a uma lógica um pouco diferente do que é um projeto empresarial.

Mais de seis anos se passaram desde o início deste percurso extraordinário e o que podemos dizer depois de dezenas de projetos implementados, de centenas de produtos criados e de milhares de aprendizagens efetuadas é que, no contexto de uma sociedade cada vez mais exigente e em constante transformação e mudança, o trabalho de projeto assume-se como determinante na aquisição de competências transversais a todos os domínios. Autonomia, Colaboração, Gestão de Conflitos, Liderança, Criatividade, Pensamento Crítico e Capacidade de Reflexão, Interdisciplinaridade, Organização e Planeamento, Antecipação de Problemas, Gestão de Recursos e de Emoções são algumas das competências que, a par da Aquisição de Conhecimentos, procuramos desenvolver nos alunos.

A verdade é que seis anos após o início desta viagem, para além de toda uma Cultura de Escola bem consolidada que coloca a Gestão de Projeto como central no processo de aprendizagem, observamos nos nossos alunos muitas das competências acima referidas.

Hoje, seria impensável voltarmos atrás e ignorar a importância dos projetos na Aprendizagem. Aliás, seria impensável pois por um lado, temos a certeza de que estaríamos a piorar o serviço que prestámos aos nossos alunos, mas por outro, porque os próprios encarregados de educação seriam os primeiros a não compreender tal decisão.