A mudança está em aceleração. O mundo é cada dia mais volátil, incerto, complexo. A gestão de projetos acompanha a mudança em aceleração e ajusta-se às necessidades e possibilidades tendo em conta a evolução da sociedade, da tecnologia, dos mercados e dos negócios. A gestão de projetos é um prisma privilegiado para olhar questões relacionadas com a mudança ao longo dos anos.

A triple constraint, em que o âmbito, o tempo e o orçamento se equilibram entre si, mantendo o foco numa entrega de qualidade, surgiu há várias décadas. A triple constraint enquadrou desde então o modo de atuação dos gestores de projeto e continua a ser relevante embora insuficiente.

O Triângulo Pessoas, Processos e Ferramentas está presente no nosso dia-a-dia.
Se há umas décadas os processos e as ferramentas eram reis, hoje permanecem importantes sendo considerados fatores de higiene. Temos acesso a várias abordagens e a uma caixa de ferramentas que está ao nosso serviço. Muito importante é a ideia de escolhermos a ferramenta que faz sentido num dado contexto.

As ferramentas e os processos estão ao serviço das pessoas. Pessoas? Sim, o mais importante são as pessoas em qualquer abordagem. As pessoas fazem a diferença! O gestor de projetos é responsável por cocriar um contexto que promova os comportamentos esperados e a satisfação e o crescimento da equipa.

Os comportamentos impactam o desempenho. A atitude e o desempenho andam de mãos dadas e influenciam a satisfação do cliente.

Desde há alguns anos surgiu a noção de sense & adapt que nos convida a refletir sobre quão importante é o gestor de projeto ser capaz de apreciar a dinâmica, escutar ativamente os stakeholders e adaptar-se de forma a criar condições para, com a sua equipa, entregar valor.

Há uns anos, o primeiro PMI Talent Triangle® identificou a relevância das competências técnicas, de gestão e de liderança na gestão de projetos.

Hoje, o Talent Triangle® reconhece a importância de Ways of working a par com Business acumen e Power skills, i.e., realça a importância de os gestores de projeto terem a capacidade de alavancar na inteligência coletiva, partilhar e recorrer a boas práticas, ter um entendimento do negócio, incluindo questões estratégicas e políticas e demonstrar domínio de competências transferíveis – as power skills – como a resolução de problemas, o pensamento estratégico e o trabalho em equipa.

Ser capaz de lidar com os desafios e oportunidades dos projetos e com um leque diverso de stakeholders de forma ágil e flexível, mantendo o foco em gerar valor é o que distingue o gestor de projeto